Brotherhood: Final Fantasy XV (Primeiro Capítulo)


Acho que todo mundo sabe que jogos e videogames são ótimas fontes de renda e grana, um fã de determinada franquia de jogos pode ficar sem luz em casa por uma semana se for para comprar aquela action figure limitada. Então, as empresas desenvolvedoras, que não são nada estúpidas... Às vezes, aproveitam para investir em outros produtos de arte e entretenimento, como filmes, músicas, animações, brinquedos, roupas, etc, baseados em suas séries de jogos.

Mas, o que tem feito um certo sucesso nestas últimas décadas são filmes e animações baseados em jogos, que é sempre uma proposta segura, afinal, mesmo que seja uma bosta, o produto será totalmente consumido pelos fãs da franquia. E consumo é sinônimo de dinheiro rolando por aí, certo? 

Filmes, séries e animações baseados em jogos muitas vezes são bem sucedidos, representam com firmeza e fidelidade o produto original e agradam tanto os fãs quanto aqueles que nunca ouviram falar da suposta série de jogos. Outras vezes são verdadeiras decepções, feitos de forma tão porca que as empresas responsáveis tentam esquecer que fizeram isso uma vez. SIM "SUPER MARIO BROS: O FILME", ESTOU OLHANDO DIRETAMENTE PARA VOCÊ. 

Aproveitando essa espaço no mundo dos games, eu resolvi criar aqui no blog um novo bloco de artigos onde irei assistir filmes e séries sobre franquias de jogos de videogame, falar de todos os acontecimentos da narrativa e avaliar o título como um todo nos últimos parágrafos do texto. Quase da mesma forma como faço uma review, a diferença é que aqui não haverá jogabilidade para ser discutida. 

E CLARO QUE HAVERÁ SPOILERS PRA CARALHO. 

Se você é um destes caras que ficam irritadinhos com spoilers que aparecem até em pôster de jogo ou filme, então aconselho a fechar essa aba e ler este blog mais tarde quando já tiver aproveitado o produto em questão. Mas, antes de sair, não esqueça de comentar esse post, seguir o blog e curtir a página no Facebook, afinal, eu sou o seu mestre. 

E já que vou falar de um produto de gênero audiovisual, começarei com o primeiro episódio de Brotherhood: Final Fantasy XV, o OVA que nos apresenta aos personagens principais do enredo e também uma das milhares de tentativas da Square-Enix de forçar FFXV na comunidade gamer. Porque, pelo o amor de Ramuh, o que saiu com o nome "Final Fantasy XV" no meio vai desde jogo mobile, spin-off e até um filme em animação CG! É como se a Square estivesse constantemente gritando "AMEM ESSE JOGO, AMEM ELE POR FAVOR, AMEEEM!!". 

E, convenhamos, não é por menos, esse título está sendo feito há uma década, fãs começaram a aguardar a chegada do título quando estavam frequentando o colegial e só o receberam quando já estavam casados e com filhos! Não é de se esperar que muitos amem o jogo apenas por tê-lo esperado tanto, da mesma forma que muitos podem o odiar pelo mesmo motivo. A Square tentar fazer de FFXV o novo "FFVII" é, no mínimo, compreensível. 

E para quem quiser saber, eu comprei recentemente uma cópia de Final Fantasy XV para jogar no Playstation 4 do meu primo, então um dia prometo uma review aqui no blog para vocês.

E, sim, ainda acho FFVII um dos jogos mais estupidamente superestimados na história da humanidade. Mas, isso é assunto para outra conversa. 

Agora vamos logo com isso, porque ainda hoje preciso ir em uma balada vestido de paquita ao lado de dez colegiais japonesas com armas de fogo escondida por baixo das roupas... 

Não me perguntem o porquê, é uma história complexa e grande demais para pessoas comuns entenderem. 


Tudo já começa de forma calorosa, vemos Noctis (Por favor, tá na cara que é ele ali) caído no chão ao lado de uma mulher e ambos parecem estar deitados em uma possa de sangue. Aparentemente, a mulher está morta, ou pelo menos inconsciente. 


Logo após nos é mostrado a responsável por essa atrocidade, ela é... Ela é... É.... Ah, bem... 

A CANTORA GRETCHEN! Isso, a cantora Gretchen. 

Então Gretchen (Em um futuro muito distante ela finalmente conseguiu controlar as escamas e tentáculos que nasciam na sua pele) se mostra a responsável pelo ataque. E ela não tá no pique de quem quer conversar, pela cara tá afim de chamar seus amigos e fazer um churrasquinho de príncipe. 

Sim, para quem não sabe ainda, Noctis é um príncipe. 


E então de repente, Noctis que já se preparava para entrar em uma caldeira cheia de molho barbecue para ser servido em pratinho descartável, eis que a Patrulha Canina do reino surge com diversas lâminas, lanças e espadas para acabar com a festa da Gretchen. 

Por algum motivo, eles usam ternos e gravatas na hora de lutar ao invés de usarem uma armadura ou algo que os proteja de verdade. Mas, ok, é Final Fantasy, estamos falando de um jogo onde uma mera poção pode até recolar o braço que alguém perdeu em batalha. 


A Patrulha Canina era liderada por ninguém menos que Regis Lucis Caelum, o grande rei que, aparentemente, mais protege os seus soldados do que os seus soldados protegem ele. É o estereótipo do homem extremamente bondoso e cheio de disciplina que cortaria o próprio pinto se fosse para proteger um cãozinho. 

Lucis então prepara cinco espadas para triturar Gretchen! ISSO MESMO, cinco porras de espadas que provavelmente pesavam mais que um trator, e sem segurar nenhuma delas! APENAS AS FAZENDO LEVITAR! E aí ele as lança sem dó ou piedade e a verdadeira luta começará assim, um confronto épico de propor... 


......... O que? 

Bom, a cena é cortada para vermos Noctis alguns momentos após este evento deitado em uma cama. Tá certo que o foco da história é em seu protagonista, mas poxa vida, que chance perdida de iniciarem o OVA com uma bela dose de ação. 

E é bom se acostumarem com isso, Noctis quer ser o novo Cloud, então o foco sempre vai estar nele, porque por algum motivo os jogadores de FF curtem emos emotivos e marrentos. 


Assim a narrativa nos trás para o presente, toda essa cena não passava de uma lembrança de Noctis. Sendo essa mesma lembrança um marco decisivo na história do personagem e ponto relevante para a construção da personalidade dele, se não fosse isso o OVA não faria questão de nos mostrar. 


Noctis está viajando em um carro ao lado de seus três melhores amigos: Prompto, um atirador e fotógrafo com a mentalidade de um eleitor do Bolsonaro, Ignis, um cozinheiro e mordomo incrivelmente disciplinado que é provavelmente virgem, e por último Gladiolus, que talvez vai te lembrar aquele seu tio sarado que vive postando fotos no Facebook quando tá na balada ou na academia. 

Enfim, ele acordam Noctis para dizer a ele que vão estacionar para abastecer, Noctis responde que isso não é da conta dele, manda todos eles irem tomar no cú e assim volta a dormir. 

Brincadeira, ele apenas diz que quando chegarem a seu destino é para acordá-lo e assim volta a dormir, o que bem no fundo é quase a mesma coisa que eu falei acima. 


Então Noctis e companhia param na barraca do Tio João para comer aquele pastel de queijo com calda de cana. 

... E agora fiquei com fome.

Aproveitando para dizer, gosto muito da forma como os cenários e ambientes são mostrados tanto aqui quanto no jogo. Esse posto de gasolina junto de lanchonete velha no meio do nada como única opção para pararem e descansar dá uma impressão bem realista de aventura e momentos inesperados em lugares diferentes.

Só queria aproveitar esse momento para dizer isso, vamos em diante!


Ao chegarem no balcão começam a dar uma olhada no cardápio da lanchonete, porém a garçonete (Que, por algum motivo de bolas voadoras, parece muito com a Chun-Li) olha atentamente ao Noctis e pergunta se ele é o suposto príncipe. 


E então Gladiolus, esperto como todo tio baladeiro e cheio de mulheres deve fazer, afasta Noctis e pede três Bic Macs e um Mc Lanche Feliz para o Prompto. E aproveitando o momento flerta um pouquinho com a Chun-Li, mas eu não o culpo, afinal estamos falando da waifu de 90% de todos os jogadores de videogames do mundo. 


Antes de começar a comer, Noctis começa a tirar todas as verduras e legumes de seu sanduíche por conta de uma frescura de moleque mimado. 

Lembram do que eu falei ali em cima? Esse é o novo Cloud... 


Logo em seguida, Gladiolus, com muita razão, diga-se de passagem, fala para o Ignis parar de mimar Noctis e começar a força-lo comer tudo o que estiver no prato sem reclamar. Ignis responde que já tenta convencê-lo todos os dias e que se Gladiolus é tão machão assim que ele mesmo faça isso. Gladiolus numa boa diz que isso não é problema dele, escondendo claramente o seu orgulho em ter que admitir que perdeu a discussão. 

Prompto, então resolve acalmar os ânimos como quem só quer curtir numa boa e diz para não brigarem, ambos respondem que não estão brigando e Noctis manda todo mundo calar a boca porque, aparentemente, o príncipe precisa comer em paz. 

Emo marrento... Novo Cloud... Não se esqueçam. 


E aí para estragar o almoço, Bolsominion Prompto joga ketchup no prato de todos na mesa. Claro que os três ficam putos e mandam Prompto deixar de ser tão imprestável e começar a ler livros de política como um adulto antes de tentar discutir política na internet usando bordões de efeito e colocando #Bolsomito2018 no final de casa frase. 

Aproveitando novamente o momento, essa cena flui muito bem, realmente parecem quatro amigos tendo aquele lanchinho na hora do almoço, não é como em outros animes ou séries onde todos são alegres e felizes e só dizem coisas animadoras uns para os outros em baixo de um arco-íris. Eles brigam, se corrigem, discutem e interagem um sobre a atitude do outro, de forma sincera e realista, e isso faz com que nos sintamos mais próximos a eles. Tenho que dizer que essa cena captou bem as relações interpessoais que os quatro tem entre si. 


Após a conversa durante o lanche, os quatro amigos vistam uma grande nave do Império (Que, para quem não tá atualizado, são os vilões do jogo) pousando bem ao lado da lanchonete, logo eles precisam sair o mais rápido daí antes que seja vistos por eles. 

Mais uma informação para atualizar, o Reino de Lucis foi tomado pelo Império de Niflheim enquanto Noctis e cia estavam fora da capital. Após o golpe, o Rei e Noctis foram dados como mortos. E agora estão todos sendo procurados por esse mesmo Império para serem mortos e acabarem com qualquer chance de retorno da família real ao trono. 


Após fugirem eles resolvem parar para acampar e Ignis cozinha para todos eles. 


Agora, eu não quero parecer chato, mas como eles guardam uma tenda enorme dessas, cadeiras, mesas, e tudo mais que seria possível fazer um grande acampamento de verão para um time de futebol naquele carro? 

Se estivéssemos em Pokemon faria sentido já que os Poke Trainers guardam seus itens dentro das pokébolas, ou você acha que carregamos uma bicicleta inteira dentro de nossa bolsa no jogo? 

Mas, tudo bem, afinal se trata de um anime (Ou algo muito parecido com um), então vou tentar não encontrar lógica, se aparecesse do nada um robô transformer sendo controlado por um urso que dispara calcinhas sujas de ruivas russas eu juro que não ficaria surpreso. 


Ok... 

Então os quatro começam a conversar, Noctis agradece pela comida, o que é algo meio inesperado já que em boa parte do tempo ele é só um moleque fresco. Prompto fala um pouco sobre como se sente surpreendido nesta jornada, ao sair com seus amigos para um casamento e no meio da viagem descobrir que seu reino foi tomado por um golpe político e agora precisará lutar ao lado do príncipe deste reino contra essa tirania toda. 

E, diga-se de passagem, ele está certo em pensar assim, qualquer outro no lugar sentiria o mesmo. 

Logo após, Noctis aproveita para valorizar os seus amigos que estão nessa com ele e agradecer por estarem o ajudando tanto em um momento tão tenso e desesperador. 

Sim, isso se mostra um traço de maturidade muito forte em Noctis. O que o torna um personagem interessante neste momento. Mesmo tendo suas peculiaridades irritantes, ele não é egoísta ou egocêntrico e realmente se importa com os seus amigos.

Isso me faz gostar um pouco dele. 


No dia seguinte, a boy band resolve botar o pé na estrada e no caminho se deparam com uma estranha nave voando a sua frente.


E são ninguém menos que meros soldados (Que são, na verdade, robôs) do Império de Niflheim. 


E com a lataria da armadura tão brilhante e limpa que fariam todos os personagens de Mega Man parecerem bonecos de plástico. 


"Maldito Hajime Tabata, por que tinha que criar esses War Machines genéricos para serem soldados do império?"

Foi isso o que os quatro pensaram, olhe a cara deles.

Então, sem poder passar por um exército de mechanoids, eles resolvem que agora é uma boa hora para cair na porrada. Ignis, que é por sinal o cérebro da equipe, diz que precisam de uma estratégia antes de iniciarem sua arruaça. O mesmo cria uma estratégia onde Noctis, o grande príncipe que deve ser protegido a todo custo, vai ser o primeiro a atacar mergulhando bem no meio do exército inimigo. E a estratégia se resume apenas nisso.

.... Ok.

Eis que de repente os quatro se preparam para ação! 


OOOH!


UOOOOU!!!


U-A-U!

Vocês podem me chamar de poser, de burro ou de qualquer outra taxação boba que crianças de 12 anos usam na internet para se sentirem superior aos outros. Mas, como eles fazem para invocar armas assim sem mais nem menos? O enredo do jogo em algum momento chega a explicar isso? Ou essa habilidade é apenas pura purpurina visual para deixar os personagens levemente mais badass? 

Se souberem não deixem de me enviar um FAX. 


MAS EIS QUE NOCTIS INVOCA CINCO FUCKING ESPADAS E ARREMESSA UMA!


AH, BEM NA TESTA! Noctis está em uma posição meio... Estranha... Mas dane-se, a cena que todos estavam esperando durante todo o episódio começa agora! 


Noctis não perde tempo e corta os soldados com suas 238493 lâminas como se fossem pacotes de bolacha. 


Seus trutas não demoram para aparecer e atacam os soldados com muita fúria e vontade, afinal se trata de um momento tão tenso e perigoso quanto uma guerra civil, uma alcateia de lobos ou um baile funk tocando MC Biel. 

Rola muita treta, soco na cara, tiro, porrada e bomba, e eu não vou dar muitos prints para mostrar tudo aqui. Mas, tenho que admitir, a animação de batalha é decente e satisfaz aquela vontade de ver tripas rolando desde o início do episódio. 

Porém, preciso apontar um pequeno erro, os soldados SÃO UM BANDO DE INÚTEIS, e realmente parecem ser meros bonecos controlados a pilha. Eles se movem lentamente a todo instante e são tão imprestáveis quanto os inimigos em Hyrule Warriors. Servem apenas para apanhar, sendo uma simples desculpa para vermos um pouco de luta neste primeiro episódio.

Aliás, já que falei em Hyrule Warriors, é um ótimo jogo, deveriam experimentar. 


Voltando para a briga! O Império preparou uma armadilha para Noctis e cia (O que é meio imbecil, já que assassinar o príncipe é um objetivo crucial para completarem os seus planos, deveriam estar todo o exército e os vilões presentes aí, mas ok).

Uma nova nave surge e despacha um grande container com uma suposta criatura mística e extremamente perigosa. Ela é..... 


... A CANTORA GRETCHEN!!!! ELA VOLTOU!!! 

E com a mesma cara feia que sempre teve, que parece ter sido desenhada por alguém com sérios problemas psicológicos. Sério, não estou brincando, vejam...

CUIDADO! A imagem a seguir pode lhe causar sérios traumas mentais e corromper temporariamente sua visão. 


MEU PAI DO CÉU USANDO LINGERI!!!!!


Enfim, Noctis fica extremamente irritado ao ver a Gretchen (O que não é uma surpresa já que qualquer um também ficaria), que quase o matou quando criança, e parte com tudo para cima, dessa vez usando somente uma única espada para mostrar o quanto é badass e bater uma pra si mesmo mais tarde. 

E assim acaba o primeiro episódio do OVA de Final Fantasy XV! E o que eu achei? 

É BOM! 

Para um primeiro episódio, tenho que dizer que ilustrou bem os principais elementos da história, nos mostrou um pouco do backstory para nos deixar intrigado, nos explicou (mesmo que de forma sucinta) a trama principal, evidenciou bem os traços de personalidade dos protagonistas, além de tratar a amizade entre eles de forma sincera e verdadeira, e ainda teve tempo para nos mostrar ação e um pouco das habilidades dos heróis, algo que todos que iniciam o episódio querem ver. 

Tudo que precisava ser mostrado para nos apresentar ao mundo de Final Fantasy XV e seu enredo foi mostrado. Claro, é muito pouco para, de fato, acender o interesse pela série para alguém que ainda não conhece o jogo, mas estamos falando do primeiro episódio e ainda teremos mais quatro para falar sobre, que cumprem parcialmente seu papel, algo do qual falarei em uma outra hora. Porém, em apenas onze minutos de animação, que é pouco tempo, eles conseguiram adicionar todas as cenas necessárias sem parecer forçado demais, sendo apenas uma sinopse, ou apresentação do produto final, que é o jogo de video game. 

Podem assistir, tem a minha qualificação! 

E por enquanto é só, talvez eu não poste nada até o final do ano, que é daqui alguns dias. Caso isso aconteça, saiba que te desejo um Feliz Ano Novo! Mesmo sabendo que 2018 vai ser um ano cheio de merda política e mais um milhão de discussões desnecessária, pode ser que coisas boas virão, e estou tentando ser positivo quanto a isso.

See Ya! 

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