Catherine

Bah, esse jogo não é nem um pouco pervertido né? Até porque uma mulher de quatro na capa não significa nada 

B-I-Z-A-R-R-O, palavra mais que perfeita para definir "Catherine", um dos melhores jogos que já joguei no Xbox 360, e quem sabe, um dos melhores da minha vida. Pode parecer um grande exagero, mas jogar Catherine foi uma experiencia muito, muito engraçada para alguém como eu, que (infelizmente) subestimou o jogo. Sim eu sei, ele parece ser uma droga, mas acredite, é capaz de impressionar a todos, não o julgue pela capa. E por que isso? Como alguns devem saber, a Sega comprou a empresa produtora do game acima, Atlus, e pelo que eu vi (não sei bem se é verdade) elas iram reproduzir alguns clássicos da Sega, já que a própria não cuida nada bem dos jogos que faz. Mas podem acreditar, sinceramente, se os jogos da Atlus forem tão bons quanto Catherine, é mais fácil a própria Atlus comprar a Sega. Mas, deixando um pouco de lado esse assunto, vamos ao que interessa. Catherine é um jogo de Puzzle e Plataforma, com misturas loucas de estilos, que são, Amor, Terror, Aventura, Comédia. O lance é, puxa esses blocos, suba rápido, antes que a escadaria caia e você se lasca. 

O jogo funciona mais ou menos assim, você está em uma "escadaria" de blocos, o objetivo é simples, tem que montar os degraus, escadas, passagens, enfim, para poder chegar no topo e passar de fase, porém, você não pode demorar muito, porque essas escadarias estão se autodestruindo aos poucos. Cara, isso parece ser chato pra c* só de ler, mas acredite, de alguma forma, a Atlus conseguiu transformar algo velho em algo moderno e sofisticado, e isso me impressionou. Não só a jogabilidade, mas a história que também conseguiu ter um conceito super interessante com personagens bem carismáticos e mais humanos, a trilha sonora que toca desde metal até músicas de orquestra e também a arte gótica misturada com os traços estilizados de anime, tornaram Catherine um jogo imperdível, todo mundo deve jogar essa p*! Quero dizer... Menos as crianças. O jogo tem algumas cenas, que apenas jogadores com "semancol" vão sacar entende? O que rola é que na história do jogo há muitos elementos envolvidos sabe? Gravidez, Sexo, Traição, Pesadelos..... Morte.

Enfim, vamos logo com isso, já estou cheio de ficar aqui de quatro lambendo o saco do jogo. 

A História que mistura Terror e Amor, e ainda consegue ser boa 


O jogo se inicia com uma apresentadora que parece um brócolis vermelho gigante chamada Trisha, ela é da Golden Playhouse, uma espécie de programa de TV, isso pode parecer ridículo, mas mais tarde vai fazer sentido. Trisha nos fala que a partir de agora estaremos assistindo ao "estranho conto" de Catherine. É agora que você acha que as coisas vão ficar menos estranhas... Acha. 

O jogo gira em torno do personagem "Vincent Brooks", um cara normalzão com cara de emo depressivo, tem uma vida simples, bebe todos os dias com os amigos, tem um emprego promissor, e namora uma gostosa garota chamada Katherine, provavelmente ele é bem parecido com você, leitor. Tudo ia perfeitamente bem para nosso amigão Vincent, até o momento em que a Katherine da uma de... Serious Girlfriend, e resolver dizer que quer noivar com ele. É, Vincent não curte muito a ideia de se noivar, ele não queria levar muito as coisas a sério, queria continuar do jeito que estava, porém sua namorada queria aprofundar mais as coisas, e isso começa a mexer muito com Brooks. Vincent passa todas as noites no "Stray Sheep", um bar onde ele bebe com seus amigos, Orlando, um cara estiloso badass, Jonny, um emo sem graça, mas por ser bonitão todos gostam dele, e por fim, Toby, um moleque que quer dar uns pegas na garçonete do bar, a Erica. 

Estranhamente, no bairro em que Vincent mora, como frequência ocorriam notícias de mortes de pessoas que eram encontradas mortas no seu apartamento, e todas estavam com uma cara completamente medonha, como se tivessem virado cadáveres perto do momento de virarem pó. Por uma incrível coincidência, todos esses caras eram jovens, mais ou menos na mesma de idade do protagonista. Logo, após tantas mortes, cria-se um boato que diz o seguinte: Se você morre no sonho, morre na vida real (Na verdade não foi só isso o boato, mas basicamente é só isso que ele fala, porém com palavras profundas). 

Os amigos de Vincent dizem a ele enquanto bebiam no Stray Sheep, que deve pensar bem no que vai fazer em relação a Katherine, se quer continuar com tudo, ou se prefere por um fim na relação. Irritado com tudo isso, Vincent continua no bar, bebendo muito enquanto seus amigos vão embora. De repente uma misteriosa garota entra lá e se senta do lado de Vincent para conversar, daí nessa parte não vemos mais o que acontece porque ele ficou bêbado demais para nos contar. É aí que as coisas começam a realmente ficarem interessantes. Vincent teve um pesadelo essa noite, onde ele tinha chifres de carneiro na cabeça e estava segurando um travesseiro. 


Lá, ele se depara com uma escadaria gigante formada por blocos, dentro de lá sabe aonde. Ele também nota que ela está se destruindo e que precisa ser rápido para chegar até o final. Coincidentemente, lá também tem uns carneiros de olhos vermelhos que andam de forma ereta, e eles parecem com medo também, e tentam chegar até o final. Sem mais nem menos, Vincent consegue, é claro, chegar até o final. Ao chegar lá, ele se depara com uma igreja (?) sem paredes, só as cadeiras e um confessional. Todos os carneiros que sobreviveram estavam lá também. Vincent sabia que precisava ir para esse tal confessional. Ao entrar lá, ele escuta uma voz incrivelmente misteriosa que lhe explica o que estava acontecendo. Basicamente, se Vincent Brook morrer em seus sonhos, ele morrerá na vida real também. Essa voz também fala que provavelmente ele irá morrer em alguns dias, porque a maioria dos outros carneiros, que também são jovens tendo pesadelos, não duram muito nos "jogos", e logo após ele também diz que em todas as paradas nos confessionais, lhe fará uma pergunta sobre como quer seguir sua vida, dando lhe duas respostas alternativas, uma boa e outra ruim. Espera, por que ele quer saber alguma coisa de alguém que futuramente vai morrer? Enfim..... 

Claro que em todas as manhas, Vincent não vai se lembrar dos pesadelos que teve, enquanto está acordado, ele nem tem noção de que está correndo grande perigo quando dorme. E falando em amanhecer...... 


Lembram daquela garota que ele conversou no Stray Sheep? 


Ai! Que vacilo hein cara..... Ou talvez, não.

Pois é, ele bebeu tanto que nem percebeu que acabou passando a noite com uma garota que ele nem ao menos conhecia. Ou melhor, agora ele a conhece, e inclusive, seu nome é Catherine. Eu sei, acalmem seus mamilos. Primeiramente não é o mesmo nome, a namorada de Vincent se chama Katherine, e a amante se chama Catherine, a diferença é apenas uma letra, que inclusive ninguém nota na maioria das vezes. Mas voltando agora para a história, Catherine se aproveitou do momento frágil do nosso herói e então resolveu passar a noite com ele, foi simplesmente isso. E agora Vincent tomou de uma forma tão incrível naquele lugar... Ele vai noivar com sua namorada, está tendo pesadelos que podem mata-lo, e pra piorar, começou a ter um caso com uma desconhecida. E no que isso vai dar? Pois é, se eu passar disso vou começar a dar spoilers não? Resta a você agora jogar para saber o que acontecerá. 

Ah, e lembrando, que mais tarde Katherine dirá que seu ciclo menstrual veio atrasado esse mês e que ela está possivelmente grávida....... Ta bom, parei agora galera. 

Acreditem se quiserem, isso não é um spoiler 

Como posso explicar? A história pode parecer bem estranha no início, mas acredite, a forma como ela se desenvolve é incrível, cada vez mais enquanto eu jogava tinha interesse pela história, e saber o que diabos iria acontecer. É simplesmente normal alguma inesperada acontecer, e é isso que esquentava as coisas durante o jogo. Sério, a história não é tudo isso por conta de alguns deslizes aqui e ali, mas é boa de fato. Até porque eu encontro direto jogos que tentam expor uma vida simples de alguém a uma situação perigosa, e geralmente essas histórias não acabam ficando legais no final, sem falar que além disso tudo o jogo envolve muitos assuntos que hoje, a maioria dos roteiristas abordam, como por exemplo Gravidez, Traição, Sedução, Alcoolismo, Mudança de Sexo (é mano, tem isso também), Morte e muitos outros assuntos relacionados, e ainda por cima ela é extremamente BIZARRA, o toque de terror fez uma diferença enorme. A história consegue ser bem extravagante, mas ao mesmo tempo é capaz de cativar muitas pessoas com sua ousadia. Até eu, que podia jurar pela alma do meu dinossauro de estimação, que iria odiar esse jogo pela sua história, e olha só onde estou, a glorificando. 

Os personagens também são interessantes, no começo, você pode não gostar de Vincent, mas ele vai evoluindo com o passar da história, e isso é uma forma interessante de se desenvolver um personagem. Até mesmo porque ele não deve ter nem uma personalidade muito exaltada (mais tarde você entenderá o porquê). Com o passar do tempo, ele vai deixando de ser um bundão e começa a ser mais sério (a que eu diga as últimas cenas), e claro, ele faz o tipo de cara que não se preocupa muito com as coisas, tanto que nem quer se casar, mas isso é mais no começo do jogo. Eu particularmente não gostei muito da Katherine, ela faz o papel da típica namorada que quer deixar as coisas mais sérias e ter uma vida completamente romântica e feliz, com casamento, filhos, etc, e isso uma hora me deixou irritado, vê-la pegando o tempo todo no pé de Vincent, que saco, mas acho que a intenção do jogo era essa, irritar os jogadores com a namorada que pegava demais no pé. Não é atoa que eu adoro a Catherine, como amante ela é uma ótima personagem, ela chega a ameaçar Vincent se ele terminasse com ela, porque, ela não sabe que ele esta prestes a noivar..... 

Catherine aparenta ser muito energética, ao contrário de Katherine, ela quer apenas viver a vida ao máximo, sem se preocupar com nada, apenas se divertir todos os dias, fazendo o tipo de garota ideal para Vincent. E é isso que eu mais gostei nela, é carismática e divertida, apesar de parecer uma dessas personagens de anime que são todas iguais, Catherine consegue um diferencial como personagem. 


As cenas no Stray Sheep não vão ser as melhores. A não ser que você goste de ver uns caras discutindo as relações amorosas de um de seus amigos. Acredite, os amigos de Vincent nem são tão importantes, na verdade são bem vagos, não fariam tanta diferença se estivessem la ou não. Dos três, eu até que gostei um pouco de dois, porque, apesar de serem inúteis, ao menos traziam um ar mais carismático ao jogo, porque afinal de contas, todo mundo tem amigos. Único deles que eu não gostei foi o John, ele é apenas um emo sem sal que só abre a boca para falar coisas óbvias que o jogador já sabe, é irritante, sério. Temos também a Erica, garçonete do Stray Sheep, que também é outra inútil que só esta la para encher linguiça mesmo. 

Ele trai a namorada com uma jovem louca e o chifrudo é ele?! 

Depois de ler tudo, tenho certeza que vocês estão pensando, "Ah Evans, está completamente óbvio que esse jogo está cheio de plot-holes, olha aquilo!". Querido leitor, eu pensei a mesma coisa que você quando comecei a jogar isso. Na verdade, Catherine me impressionou tanto a ponto de que, explicou tudo que esta nos dando nós na cabeça, desde quem na verdade é a Trisha (a apresentadora estranha que eu falei bem no começo) até os motivos de Catherine e Katherine terem os mesmos nomes, sério, todas essas coisas que ficaram estranhas na história e passaram despercebidas, mais tarde são todas esclarecidas, e isso fez uma puta diferença na história, melhorando muito a premissa sólida que o jogo tem. Até porque é super normal encontrarmos jogos que deixam de explicar um milhão de coisas, o enredo acaba ficando muito incoerente nesses casos. 

Vou parar de falar da história por aqui, porque acho que já falei demais e vocês devem estar de saco cheio.  Só tenho isso a dizer: Catherine tem uma ótima história, pode não agradar muitos por conta das bizarrices e do ar medonho e romântico misturado que o jogo tem, mas se você olha bem para ele, vai perceber que os roteiristas realmente se esforçaram trabalhando e não me arrependo nem um pouco em dizer que Catherine tem uma das melhores histórias de videogame que eu já vi. 

Chegou a hora de subir essa m* 


A jogabilidade é, como eu disse no começo da review, um puzzle misturado com plataforma. O esquema é óbvio, você terá que subir por uma escadaria de blocos, os puxando para os lugares certos de forma que você possa continuar subindo até o fim. Claro que você não pode demorar muito, pois, essa escadaria esta aos poucos se destruindo, e se você demorar demais, cairá e dará "Love is Over". As escadarias consistem em vários tipos de blocos diferentes, tem os "Simple Blocks" que como diz o próprio nome, são blocos simples, você pode empurra-los, puxa-los, subir em cima deles, fazer o que bem entender, também temos os "Dark Blocks" que não saem de forma alguma do lugar onde estão, e geralmente atrapalham, temos ainda os "Heavy Blocks" que são iguais aos Simple Blocks, porém são mais pesado, então você perderá mais tempo com eles. Esses são os três principais, mas também temos outros tipos de blocos que não estão em todas as fases, como por exemplo os que tem armadilhas, alguns saem agulhas assim que alguém pisa em cima, é morte na certa, outros explodem, outros estão meio quebrados, logo você só pode pisar neles umas 2 vezes no máximo. Alem disso temos também os itens que você encontra no caminho, além de moedas que te dão mais pontos no fim da fase. Os itens são, o "Mystic Pillow", um travesseiro que te da mais três vidas se você estiver no modo fácil ou normal (no modo difícil é só mais duas vidas), o "Bell", um sino que transforma todos os blocos do lugar em blocos simples, o "Energy Drink", que faz Vincent poder escalar até dois blocos de uma vez, já que o máximo é um normalmente, e por último temos a "Bible", um livro vermelho que elimina de forma muito radical, todos os inimigos na área, caindo um raio em suas cabeças. E falando em inimigos, temos que competir contra os outros carneiros para chegar ao topo, então você terá que se livrar deles bem rápido. No começo são só os carneiros simples, que não fazem nada demais, além de tamparem suas passagens, te fazendo perder tempo, mais tarde temos carneiros maiores que te jogam para trás, você terá que subir de novo, e também temos nas últimas fases uns carneiros vermelhos que andam com machados em suas mãos, não fique perto dele de jeito nenhum, para se livrar deles você precisa andar para suas direções, que Vincent bate neles com seu travesseiro, os fazendo cair (?). Ao final de cada fase seus pontos são calculados, te dando uma nota de bronze, prata ou ouro.

Nem preciso dizer o quanto a jogabilidade é ótima certo? Preciso? Ta bom seus chatos, vou dizer sim. A jogabilidade é incrível, e sabe porquê? Porque te faz usar o cérebro, e eu particularmente adoro jogos assim, os estilos Puzzle e Platformer estão tão bem equilibrados, de forma que você não enjoa jogando, é simplesmente muito divertido. No começo eu esquentava a cabeça para passar partes que na verdade eram super simples, esses dias fui jogar novamente o modo fácil (lembrando que eu já estava jogando no difícil) e percebi que realmente é muito fácil, o jogo apenas te faz quebrar a cuca, mas de forma interessante, eu mesmo dava várias risadas quando descobria caminhos que estavam completamente óbvios para qualquer um. E isso fez uma diferença, existem até mesmo técnicas para subir, como por exemplo criar uma escada de blocos, colocando um na ponta do outro dando "Edges" em cada um, e isso é um toque até que legal. Esse jogo conseguiu ser tão divertido que me fez falar sozinho enquanto jogava... Sério. Só achei que o modo fácil e normal estavam muito fáceis, porque, eu consegui umas 99 vidas já na metade das fases, já que quando morríamos, ganhávamos mais três vidas logo em seguida pegando os Mystic Pillows, mas nada muito grave ao jogo. Uma coisa que vale ressaltar, é que quando perdemos todas as vidas, o jogo nos mostra uma cena de Vincent em seu apartamento, só que morto na cama, e isso foi um toque bem interessante. 


A cada fase que passamos, temos o direito de "descansar" com os outros carneiros em uma espécie estranha de Igreja. Isso quase um Adventure Field, lá poderemos salvar o jogo, comprar um item e falar com os outros. Porém, todos devem ir depois para o "Confessional", uma pequena cabine onde uma voz misteriosa conversa com você, e a cada passada no confessional você receberá uma pergunta dessa tal voz, e é aí que entra uma das melhores coisas do jogo. A cada resposta que você da no confessional ou pra alguém, um medidor mostrará seu nível de bondade, ou seja, a cada pergunta você pode escolher uma resposta de duas, uma ruim e outra boa, e por que isso é legal? Ah por nada, esse medidor só vai decidir em qual dos 8 FINAIS ALTERNATIVOS você chegará. Eu preciso mesmo dizer o quanto isso é incrível? Um dos maiores motivos de estar ainda jogando esse jogo, é justamente porque quero de qualquer maneira ver todos os finais dele. Isso aumenta muito mais a jogabilidade de qualquer um que se interesse na história. O medidor funciona da seguinte maneira, se você responder rápido as perguntas, terá um bom final, pode ser com Katherine, Catherine ou sozinho e livre, se demorar demais, Vincent não ficará com ninguém e ainda triste. Os finais em que ficamos com alguma das duas, são bons, mas, um superior ao outro, por exemplo, você pode terminar apenas namorando a Katherine, ou, se casando com ela. Esse é só um dos maiores motivos de fazer Catherine um incrível jogo, final alternativo melhora sua recepção, o tornando mais "real", de acordo com as decisões que você (você mesmo) toma enquanto joga. 


Além da Igreja, temos o próprio Stray Sheep como área de descanso. Você pode fazer muito mais coisas aqui do que lá no confessional. Aqui, conversando com os amigos, você tem chance de responder outras perguntas que mechem no medidor de maldade/bondade, mexendo no celular você pode salvar o jogo, e ainda pode beber. É sério, ao lado temos um medidor do quanto você já bebeu essa noite no bar, você pode até escolher o que quer beber, se quiser, pode ser cerveja, saquê, rum com cola, etc. Pode parecer bem inútil, mas quanto mais você beber no bar, mais ágil e rápido ficará anoite durante os pesadelos. Mas um lembrete, o jogo mesmo avisa, que isso, pode tanto ser uma ajuda, quanto um problema. Eu mesmo já morri e fiz várias merdas porque os controles ficaram bem moles e difíceis de se controlar nos momentos mais perigosos. Além de disso, você pode andar pelo bar e falar com outras pessoas, jogar um mini-game em um arcade e até mesmo mudar a música de fundo com o Juke Box, sem falar que quando você passa muito tempo no bar, as pessoas começam a ir embora, uma por uma. Eu gostei muito do Stray Sheep, simplesmente porque deixou o jogo ainda mais real, você decide o que quer fazer, e até as coisas que você faz tem consequências. 

Sobe mais rápido dessa vez, se não quiser ser devorado 


Do que estou me esquecendo? Ah sim, os bosses, ou melhor, os "bosses". Ao chegar ao ultimo estagio de cada escadaria, você enfrentará um boss. Claro, um jogo de platformer não é platformer sem bosses, certo? Ok, no boss em Catherine você estará em mais uma escadaria simples, porém, alguma criatura gigante bizarra estará te perseguindo para te matar, então, os blocos que estão caindo não serão mais um problema tão grande, quando uma faca enorme esta sendo apontada pra você. O primeiro boss por exemplo são duas mãos, onde uma delas segura um garfo, logo, se você não subir rápido, morre perfurado. Cada boss tem uma técnica diferente, o primeiro boss mesmo tem, se você demorar muito tempo para subir, ela transforma a maioria dos Simple Blocks em Heavy Blocks pra encher o saco atrapalhar, o segundo boss faz cair uma chuva de corações, se algum deles cair em cima de você, os controles ficam muito mais confusos, e assim vai. Se você demorar muito mais, o boss te mata com as próprias mãos. É basicamente uma fuga, se ele te pegar já era, se você alcançar a porta no alto, parabéns. 

Mas, sinceramente falando, eu não gosto muito dos bosses. E por que? Porque não são bosses de verdade, até onde eu sei, um boss é um inimigo mais forte que você deve derrota-lo em alguma batalha ou disputa, e em Catherine os bosses são iguais a outras fases quaisquer, só que mais difíceis. Se por acaso em algum momento nós acertássemos eles, tirando parte de suas vidas, daí sim eu consideraria um boss legítimo. Não estou dizendo que no jogo os bosses são uma droga ou são ruins, só estou dizendo que eles me decepcionaram... Um pouco, nada muito grave, os chefões apenas não cheiram e nem fedem, só isso. Mas pelo menos eu gostei muito do terceiro boss, ele é bem irônico e engraçado. 


Arte, Animações e Gráficos 


Em relação a Arte, eu gostei, apesar de ser bem... Gótica, ela consegue entrar em contato perfeito com o enredo do jogo. Admito que não gostei do fato dos blocos serem todos..... Iguais, não na fase, mas pelo fato de várias fases serem muito parecidas uma com a outras. Quero dizer, chega uma hora que você nem reconhece em que fase esta, até porque todas são quase idênticas, variando apenas os fundos. Poucas escadarias ganharam destaque, como a fase do gelo por exemplo, que os blocos são feitos de gelo. Mas, apesar da arte nos Stages ser muito maçante, ela até é bonita e da para enxergar um certo "charme" nela. 

As escadarias são bem estruturadas, nos Dark Blocks tem a cara de um leão moldada que ficou show, e alguns blocos tem estatuas de anjos nos cantos do meio que ficaram muito bons também. Os fundos também são bem ok, uma hora você está em um túnel subterrâneo e quando vê de repente esta em uma sala gigante de tortura. E ainda tem outros fundos variados, como um em que está nevando, outro chique com um tapete vermelho gigante que se estende até o final da escadaria, outro bem escuro, etc. Apesar do jogo tentar ser um anime 100% em forma de jogo, o design dos personagens estão ótimos, gostei principalmente do visual de Katherine, seus aspectos visuais expressam perfeitamente sua personalidade, apesar dela parecer a Bayonetta bem comportada. Os bosses são medonhos, perfeito, principalmente o terceiro. A arte usada nos cenários fora das fases também são ok. 

Já não posso dizer o mesmo da animação. Calma, ela é boa, mas admitam, podia ser melhor não acham? Eu gostei, mas esse lance de misturar 3D com anime geralmente não da muito certo, única vez que eu vi dar certo foi no Naruto Generations. Mas como eu disse, a animação até que não é tão ruim assim, da para ver que a Atlus se esforçou de verdade para faze-la. Até aquela cara que Vincent faz quando "algo ruim aconteceu" ficou legal, um pouco boring, mas nem tanto. O resto das animações são ok, apesar de algumas sairem meio travadas as vezes. 

Por sorte, a Atlus se preocupou mais ainda em relação a Animação. Nas Cutscenes, no lugar de CG´s (Algo que a essa altura do campeonato nos mundos dos jogo é quase obrigatório), foi colocado cenas de puro Anime, e adivinha, ficaram fantásticas! Eu poderia explicar tudo, mas acho que uma imagem vale mais que mil palavras, quero dizer, vídeo: 

Por fim, faltou falar dos gráficos. Eles são bem fracos, sinceramente, eu já vi muitos jogos com gráficos melhores. Como as animações em estilo anime não deram muito certo, você já pode imaginar os gráficos das fases. Parece que estou falando muito mal, mas não é tudo isso não, os gráficos só são medíocres. Mas a arte e o design saíram tão bem feitas, que nós acabamos nem notando os gráficos fracos. 

Trilha sonora magnifica! 


A composição da trilha desse jogo seria um trabalho difícil de fato, mas, P* que paril! A trilha sonora desse jogo é ótima, é uma incrível mistura de todos os estilo musicais que você possa imaginar, Rock, Pop e até música de orquestra! Para terem uma noção melhor, a música tema é de Rap, a música do Stray Sheep é algum estilo de Jazz com piano, alguns endings tocam Rock e as músicas das fases são todas de orquestra, ficaram incríveis! Sinceramente, amei todas as músicas desse jogo, e o melhor de tudo é que aqui não temos aquele ar enjoativo que toca sempre as mesmas músicas, igual em Sonic Adventure 2 que tem rock em todos os lados. Existem é claro, algumas músicas sinistras que dão um belo toque de horror no jogo. Porém, eu não vou dizer que tudo saiu um mar de maravilhas, porque sinceramente, eu odiei a música do boss, que inclusive não é muito legal, não tem nada a haver para falar a verdade, mas ela á única coisa ruim na parte da trilha sonora, o resto é incrível. 

Essa é uma das músicas que toca nos endings do jogo, e escute, veja como ela é boa. Percebe que começa com um excelente solo de guitarra, misturando depois com saxofone, que inclusive ficou uma mistura incrível. Logo após eles param tudo para acompanhar um som de piano junto da bateria, ficando maravilhoso. 

Considerações Finais 


Catherine é um jogo INCRÍVEL, indispensável para todos que gostam de puzzles e plataforma. Eu admito que o julguei mal quando comecei a jogar, mas a forma como o jogo se desenvolve é incrível! Você pode contar perfeitamente com a história, claro, se você tiver no mínimo uns 14 anos para assisti-la. Se gosta de histórias bem Bizarras com um toque de Romance, aconselho conhecer o "Estranho conto de Catherine". Não só a história, mas como também tudo no jogo saiu muito bem feito, parece que a Atlus se atentou em quase todos detalhes do jogo, coisa que não se vê muito hoje em dia. Catherine contém um conceito de jogabilidade divertido, a arte, apesar de ser totalmente um anime, é maravilhosa também, e claro, nem preciso falar da trilha sonora completamente variada que não deixa nada a desejar. Se você possui um Xbox 360 ou Playstation 3, vá agora comprar esse jogo imperdível. E se esse papo de que a Sega realmente comprou a Atlus ser verdade, por favor Atlus, mostra para eles como se faz um bom jogo. A galera produtora do jogo está de parabéns, estou completamente satisfeito por ter jogado Catherine, e quando puder jogarei com muito prazer. Palmas para a Atlus, e continue fazendo jogos assim. 

História: 9 
Sons: 9 
Jogabilidade: 9 
Gráficos: 7 

Prós: 
A história é muito boa, e a forma como se desenvolve é melhor ainda 
Os conceitos do enredo são interessantes 
Mover blocos é legal cara  
Puzzles bem desafiadores 
8 Finais alternativos 
O jogo consegue ser bem realista em vários momentos
 Personagens principais são bem carismáticos
A arte é bem cativante 
As Cutscenes em forma de Anime são lindas 
A trilha sonora é ótima, e 100% variada 
Esse jogo vai queimar seu cérebro 

Contras: 
Nem de longe os Bosses são Bosses 
As vezes o jogo facilita muito 
Alguns personagens são bem vagos 
Arte as vezes não varia muito 
Misturar Anime e 3D não foi a melhor das ideias 

Nota Final: 9.2 

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