Ducktales


Olá amiguinhos do meu heart! Como andam? Hein, hein? .....

Enfim, vamos novamente ler uma nova review de um jogo da Disney que eu fiz. Eu fiz a review, não o jogo, vocês entenderam né? Só que dessa vez, eu não tive a simples ideia de jogar tal jogo enquanto comia uma coxinha em casa, como na maioria das vezes. Dessa vez, e pela primeira vez eu recebi um pedido! Isso que você leu. Pois é, como minha review do Castle of Illusion repercutiu bem e teve um bom número de visualizações, acabou que me pediram para fazer uma review de outro clássico da Disney: Ducktales! 

Ducktales foi um jogo de NES lançado no final dos anos 80 e no começo dos anos 90 (1989 para ser mais específico). O jogo é baseado na animação da época com o mesmo nome, devido a seu sucesso, Ducktales foi muito bem vendido mesmo sendo o início da época dos jogos 16-bits, e arrasou como jogo 8-bit. Até no menu título do jogo toca a abertura do desenho, mostrando que é de fato um jogo da animação. Foi lançado para Nintendo e desenvolvido pela Capcom, na época em que ela não estuprava desvalorizava seus jogos. Tanto que o início do jogo lembra vagamente a série do personagem mascote na época da empresa, Mega Man. Nos jogos do azulão, não jogávamos as fases já selecionadas para a gente passar, e sim, escolhemos qual queremos ir primeiro e quais jogaríamos depois. Isso era novo na época, afinal, é o que chamamos de "Fator Replay", e Mega Man e Ducktales foram um dos primeiros jogos utiliza-lo. Mas por sorte, Ducktales não tem uma dificuldade brutal igual a dos primeiros jogos do Mega Man. Engraçado, que fui dar uma olhada no elenco do jogo e descobri que o Kenji Inafume estava na produção dele, acho que isso explica um pouco seu bom desenvolvimento. 

Ducktales surpreende por ter um ótimo level design, acompanhado de gráficos lindos e uma arte, ala essência Disney, fora a trilha sonora que tem músicas 100% memoráveis. Jogando, admito que demorei para pegar o jeito e apanhei muito nas primeiras fases, mas os comandos eram tão cativantes, que eu queria continuar jogando cada vez mais e mais. Ele recebeu um remake nesses últimos anos, chamado Ducktales: Remastered (sim, esse é o nome mais óbvio e sem criatividade do mundo), que parece ser bom, joguei a demo uma vez e me lembro de ter me divertido bastante, foi lançado para PS3, X360 e Wii U, um dia, quem sabe, ainda jogo ele até o fim. Enfim, não da mais para ficar aqui de conversa mole, Ducktales é um p* jogo dos anos 80. Infelizmente não vivi essa época, mas quando um jogo é bom mesmo, ele continua sendo bom independente da época. Ouviram Sonic Adventure e God of War? 


"Ostentação fora do normal" mesmo cara 


A história se resume em nosso protagonista, o Tio Patinhas, que além de ser rico, é ainda um manjador de aventura. Ele e seus sobrinhos e amigos viajam pelo mundo em busca dos seus cinco maiores tesouros. 

É SÓ ISSO 

Ta, a história tinha que ser super simples, se ela queria se basear em uma série de desenho animada, era bem provável. Então, como não temos muito o que falar da história, vamos aos personagens e afins. Antes de mais nada, o jogo se passa em vários lugares que, inclusive, existem. São cinco fases: Os Himalaias, uma fase de gelo. A Transylvania, um castelo sinistro com fantasmas, zumbis, múmias, etc. As Minas Africanas, o nome já é alto-explicativo, a fase contém um daqueles carrinhos que tem dentro das minas para carregar pedras e talz. A Lua, é, é isso mesmo que você leu, mas lá tem alienígenas e óvnis. E por último, a Amazônia, é isso mesmo, o Tio Patinhas passou pelo país do futebol, bem que podia ter deixado algo pra gente, mas fazer o que né? A moral da história desse jogo é "Crianças, não se esqueçam de ser gananciosas". Aliás, cada um desses lugares esconde um tesouro que te deixará ainda mais rico, e qual o objetivo do jogo? Tornar o Patinhas o pato mais rico do mundo.... Então ta né, pra que jogar Banco Imobiliário? 

Mas, relevando essa zoeira aí em cima, eu digo que a história do jogo é simples o suficiente para ele, não da para esperar uma história maior de um jogo que se baseia em uma série de animação de patos falantes. Então.. Bom, tanto faz para mim, a história na verdade é o ponto mais fraco desse jogo, e nem é muito relevante até você chegar no fim dele. Mas, não confundam as coisas, eu nunca disse que a história é ruim, só disse que ela é bem simples, na medida certa, ou você esperava um enredo estilo Sonic 2006? 

Nossa.... 

Acabei de imaginar, como seria se fosse lançado um "Ducktales 2006". Imagina só, o Tio Patinhas iria enfrentar criaturas de um deus da destruição, salvar uma princesa que parece ser fugitiva do elenco de algum Final Fantasy, e no final iria acabar morrendo e sendo revivido por um beijo romântico dela, e assim se transformando no "Fuck Duck Scrooge", caralho, iria ser muito louco!

Calma galera, eu só estou brincando.

Certeza que isso não é um hack do Mega Man? 


Ta bom, eu exagerei no sub-título, mas eu realmente achei o jogo parecido com Mega Man. Ok, o jogo é um platformer, logo no inicio temos a escolha de qual fase jogar, estas são as que eu falei ali no enredo do jogo. As fases são prolongadas, cheias de obstáculos e inimigos, como por exemplo múmias, fantasmas, abelhas, ET´s, etc, uma grande suruba de inimigos. O jogo contém itens dentro de baús, semelhantes aos dos jogos do Zelda. Os itens são vários, temos uma maça que nos da poder de invencibilidade. Temos os diamantes, que nos dão dinheiro (que no caso desse jogo são pontos, para você ver o nível da ganancia), são diamantes amarelos e vermelhos, os amarelos são menos valiosos. Temos também o sorvete, que nos dão mais um ponto de HP, e o bolo, que aumenta 100% sua vida. E falando em vidas, temos também umas miniaturas do Tio Patinhas, que nos dão mais vidas, mais chance, enfim. Alguns itens ficam invisíveis, e só aparecem ao passarmos em sua frente. Todas fases tem um tempo, que caso acabe, você morre (Nossa! Sério mesmo?), temos também o HP, que no início do jogo são três pontos, mas ao longo dele, há como aumentar. Tio Patinhas corre e pula como qualquer outro personagem de jogo de plataforma faz, seu ataque ocorre quando pulamos. Enquanto você pula, rapidamente, é preciso apertar a seta para baixo e o botão "B", assim, Patinhas cai usando sua bengala, atacando inimigos e ficando imune á espinhos, se você segurar o botão "B", Patinhas dá vários saltos igual a um pula-pula, sendo que assim ele vai mais alto do que seu pulo normal. Tio Patinhas também usa sua bengala para bater em itens lançáveis como pedras, que nos dão uma boa ajuda em algumas fases. No final de cada stage temos um boss, ao derrota-lo, ganhamos o tesouro da tal fase. 

A jogabilidade é sem dúvidas uma das melhores de plataforma que eu já vi, primeiramente, as fases são completamente abertas, contendo caminhos alternativos e passagens secretas que você nunca imagina encontrar. Caminhos alternativos são sempre uma boa forma de dar variedade ao jogo e também a dar liberdade para o jogador de explorar mais a fase. E cara, as passagens secretas são simplesmente as mais escondidas e satisfatórias que você vai encontrar, há sempre paredes falsas e plataformas invisíveis que é quase impossível de se notar, se você procurar explorar bem as fases do jogo, vai ficar muito satisfeito, eu mesmo amei o level design desse jogo por causa disso. Os inimigos são simples, andam para lá e para cá, alguns nos atiram coisas, e assim varia. Mas tenho que destacar aquela abelha na primeira fase, que simplesmente enche o saco até o último momento, se você já jogou algum Mega Man de NES, vai saber do que estou falando, quando algum inimigo sempre vai re-aparecer... Voando. 

Os controles do Tio Patinhas são ótimos, sua velocidade é super equilibrada, seus saltos são também, e o golpe de saltar com a bengala é ótimo, usei milhões de vezes no jogo, te da a liberdade para explorar muito, eu só achei o comando da ação muito difícil, houve momentos em que eu não tinha tempo para apertar para baixo e depois apertar "B", por que simplesmente não faze algo mais simples, como por exemplo apertar "A" duas vezes ou algo assim? Mas fora esse comando irritante em alguns momentos, o personagem ainda é um ótimo protagonista, jogavelmente falando. Os bosses para falar a verdade não são nada de mais, eles são super simples, da para prever seus movimentos em questão de segundos, é bem simples, não são nada demais. Única coisa que não me agradou nada, foi o fato da fase final ser na verdade uma fase que nós já jogamos, ou seja, isso torna um final meio brochante, se não fosse o boss final, eu diria que esse jogo tem um final bem monótono. 

Mas é isso, o tem uma jogabilidade incrível, e com o passar do tempo continua boa, e esse jogo envelheceu muito bem, ficou feliz de te-lo jogado, não perdi nada com relação a isso. E se você não jogou ainda, vá jogar agora, que eu te garanto uma boa diversão. 

Só que, tenho que comentar algo muito estranho que vi no jogo. Olhe esse vídeo, avance para 2:45 e veja o que acontece enquanto Tio Patinhas anda no carrinho com seus sobrinhos. Quando chega no final, ele pula e o carrinho cai. Quando joguei essa parte na primeira vez, eu não pulei e morri. Então.... Espera aí, quer dizer que os sobrinhos do Patinhas morrem? Como? Se mais tarde eles reaparecem? ..... Sinistro. 




Eu já disse antes, vou dizer de novo. É Disney né cara... 


O que dizer da arte e dos gráficos, são muito bonitos, comparados a jogos de 8 bits, são simplesmente demais, eu particularmente gostei. Os fundos são variados, os cenários são detalhados, e até os inimigos tem animação cativantes. Eu não estou dizendo que os gráficos são SUUUPER incríveis, mas admito que eles cumprem bem com seu papel, e realmente são as vezes surpreendentes. A arte também foi outro fato bom, mas eu esperava ver cenários mais imaginativos, a maioria deles (com exceção a The Moon) são um pouco realistas. Mas fora isso, a arte até que é boazinha. As animações também são surpreendentes, e ficaram bem legais, apesar de serem gráficos pixelizados, é possível perceber a arte remetendo ao desenho, ficou ótimo. Enfim, eu gostei da arte e os gráficos do jogo, são muito bem desenhados e são de certa forma, criativos. 

Não subestime o 8 bit 


As músicas são muito bem introduzidas no jogo, e são executadas de uma maneira muito boa. Elas não tentam expressar na maioria das vezes o local em que se passa, mas sim, tentam ser alguma espécie de música de fundo de desenho animado, o que eu acho certo no caso de Ducktales, afinal, se é baseado em um desenho, nada melhor que tudo no jogo, indiretamente, nos leve a pensar no desenho. As músicas são bem marcantes e da para ouvir de vez em quando, mas, é só isso mesmo, não da para falar muito. Deixo abaixo a música da fase African Mines, que ficou muito boa. 


Considerações Finais 


Não pense que jogos clássicos 8-bits não divertem a geração de hoje em dia. Ducktales é um exemplo de jogo que não merece ser esquecido, é sem dúvida bem nostálgico. As vezes fico triste de ter nascido na era Sega Saturn/N64 dos videogames, posso não ter acompanhado a época, mas sei que existiram ótimos jogos e se eu os amo agora, imagine se eu fosse mais velho? Enfim, Ducktales é como todo jogo da Disney, um jogo simples, com uma jogabilidade bem polida e programada, com músicas e gráficos que agradam qualquer um. Mas se tenho que destaca algo nesse jogo, é sem dúvida seu Level Design, contém muita exploração e tudo mais, vale sim a pena dar uma conferida. Se você gosta de desenhos animados e jogos, recomendo Ducktales para ti. A Capcom ficou de parabéns por ter feito esse incrível game, eu só espero que ela volte a fazer jogos assim, com amor.

História:
Sons:
Jogabilidade:
Gráficos:

Prós: 
História característica 
Caminhos alternativos e incríveis passagens secretas 
Itens bem escondidos 
Controles bem elaborados, tirando o salto-ataque 
Bosses são até legais 
Jogo bem divertido 

Contras: 
Reciclar um fase final não é legal 
Aquele salto-ataque é mal elaborado 

Nota Final: 8,6 

Comentários

Posts aleatórios

Últimos comentários (Só gente boa aqui)